DFC: demonstração de fluxo de caixa

Controle BPO > Blog > Sem categoria > DFC: demonstração de fluxo de caixa

A DFC – demonstração de fluxo de caixa– é um relatório contábil em que são listadas as origens de todos os recursos que uma empresa obteve em um certo período e como eles foram aplicados.

Em suma, ele traz todo o movimento de entradas e saídas do caixa da empresa.

Companhias de capital aberto ou aquelas cujo patrimônio líquido seja acima de R$ 2 milhões são obrigadas a elaborar a sua DFC. Isso porque, dentre outras características, ela retrata a capacidade que a empresa possui em gerar caixa e, consequentemente, lucro.

A demonstração de fluxo de caixa (DFC) também permite que os analistas possam detectar possíveis fraudes contábeis em uma empresa. Além disso, ela também pode ser útil para demonstrar a saúde financeira da instituição e possíveis erros no orçamento.

Quer conhecer um pouco mais sobre o que é DFC e como ela funciona? Então, continue a leitura!

O que é DFC?

A demonstração de fluxo de caixa, ou simplesmente DFC, é um relatório de contabilidade de grande importância, pois mostra como anda a saúde financeira de uma empresa.

Nele deve haver todas as entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa em um certo período, além de apresentar quais foram os resultados desse fluxo.

A partir da Lei n. 11.638/2007, a DFC passou a ser obrigatória para todas as companhias de capital aberto (aquelas que vendem ações na Bolsa de Valores) e, também, para todas as empresas que declaram um patrimônio líquido superior a R$ 2 milhões.

Além do fluxo de caixa, esse relatório ainda pode considerar alguns outros fatores em sua elaboração, tais como as contas bancárias e aplicações com liquidez imediata feitas pela companhia.

Portanto, o objetivo da DFC é analisar a capacidade que uma empresa possui para a geração de caixa equivalente ao longo de um dado período, mostrando, dessa forma, como anda a saúde financeira de uma empresa, bem como detectar possíveis erros contábeis ou fraudes no caixa.

Por isso, ter acesso ao DFC antes de investir em uma empresa pode ser um diferencial, pois permite que você conheça a saúde financeira da companhia antes de investir o seu dinheiro nela.

Vantagens e desvantagens

Existem várias vantagens nas empresas que fazem o uso da demonstração de fluxo de caixa.

A primeira delas é que esse demonstrativo funciona como um espelho, que reflete a saúde financeira do negócio e auxilia na tomada de decisões.

Ao apresentar o fluxo de caixa da companhia, a DFC também permite identificar se, em um dado período, o resultado do caixa da empresa foi positivo ou negativo, permitindo que os administradores tomem medidas tempestivas para corrigir possíveis desequilíbrios nesse caixa.

A segunda vantagem é que a DFC ainda permite a identificação de possíveis fraudes contábeis, o que é importante, visto que tais atos são altamente prejudiciais para a empresa e seus investidores.

Já como desvantagem podemos citar o fato de que a DFC consome um tempo considerável em sua elaboração.

DFC x DRE

Tanto a DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) quanto a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) são demonstrativos contábeis de grande importância.

No entanto, a principal diferença entre os dois é o tipo de registro contábil.

Como você viu até aqui, a DFC apresenta os registros de entradas e saídas de dinheiro no caixa da companhia. Dessa forma, é possível identificar com mais precisão os recursos disponíveis no caixa da empresa e, consequentemente, a sua saúde financeira.

Já a DRE traz em seu bojo os registros de custos, rendimentos, perdas e despesas de uma companhia, independentemente de sua realização em moeda. Dessa forma, ela apresenta o resultado líquido da organização, mostrando se ela teve lucros ou prejuízos.

Como funciona a DFC?

A DFC ajuda a entender a saúde financeira da empresa

Agora que você já sabe o que é DFC, chegou a hora de saber como ela funciona. No entanto, não há nenhum segredo aqui, pois a DFC é um relatório bastante simples, claro e transparente, que apresenta o balanço da companhia e a sua real situação.

Além de entender mais a fundo o funcionamento do DFC, saiba mais sobre a análise patrimonial, outra importante análise empresarial, a fim de realizar bons investimentos:

Quais contas entram na DFC?

O modelo padrão da demonstração de fluxo de caixa é estabelecido pelo Pronunciamento Técnico CPC n. 03 e traz todas as contas que precisam constar no demonstrativo. Entre elas, estão as contas que refletem as atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

Como analisar a DFC

Se comparada à DRE, a DFC é mais simples de ser analisada. Isso porque ela traz apenas as movimentações financeiras que já ocorreram, sem considerar eventuais previsões.

Dessa forma, a análise do resultado final da DFC pode ser feita com base na seguinte equação:

Receitas – Despesas = Fluxo de caixa

Ao fazer essa conta, o resultado do balanço da companhia deve ser positivo para que ela possa ser considerada saudável financeiramente.

Como fazer uma DFC?

Existem dois métodos diferentes para se fazer uma DFC, são eles:

  1. Método indireto: não leva em consideração os valores brutos de entradas e saídas, mas sim considera o ajuste do lucro líquido, além das variações das contas patrimoniais da companhia que estão ligadas ao DRE;
  2. Método direto: a base para a elaboração das atividades operacionais da companhia leva em conta os recebimentos de clientes, despesas pagamentos a fornecedores em valores brutos.

Estrutura da DFC

De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC n. 03, a apresentação da demonstração de fluxo de caixa tem como base para a sua estrutura três atividades principais. São elas:

  1. Atividades operacionais: abrange todo o fluxo relativo à produção e de entrega de produtos e serviços por parte da organização. Dessa forma, devem ser consideradas as despesas, os custos de produção, as contas a receber e os pagamentos à vista. Para isso, podem ser utilizados dados obtidos a partir da DRE;
  2. Atividades de investimento: refere-se ao uso de dinheiro feito pela companhia na aquisição de ativos que podem gerar frutos no futuro. Um exemplo disso é a compra de bens considerados para o ativo imobilizado, como um imóvel;
  3. Atividades de financiamento: são contas que estão ligadas à captação de recursos, sejam eles oriundos de sócios ou de terceiros, isso por causa da escassez de dinheiro no caixa da companhia;
  4. Resultado: por fim, a análise da DFC irá apresentar como está a saúde financeira da empresa, além de mostrar se houve algum tipo de erro contábil ou fraude no período.

Exemplos de DFC

Ficou difícil de visualizar? Então, dê uma olhadinha na estrutura abaixo e entenda melhor como estruturar a DFC:

  • DFC método indireto
  • DFC método direto

A importância da DFC na hora de investir

Antes de investir em uma empresa, seja ela qual for, é importante conhecê-la um pouco mais a fundo, principalmente sobre a sua saúde financeira.

Saber o que é DFC e como esse relatório funciona diminui o risco de investir o seu dinheiro em uma companhia que pode gerar prejuízos ou mesmo que está perto de quebrar.

Lembre-se: manter o fluxo de caixa positivo e crescente deve ser o principal objetivo de qualquer empresa, uma vez que é isso que permitirá que ela cresça e que traga cada vez mais lucro aos seus investidores e demais interessados.

Fonte: Expert

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Open chat